Às vésperas de ano eleitoral, movimentos sociais preparam uma manifestação na próxima sexta-feira (4) pedindo a redução nos salários da prefeita, vice-prefeito, secretários e vereadores. Além disso, os grupos pedem o fim dos atrasos no pagamento dos salários dos servidores municipais, celeridade na obra do terminal do Move em Justinópolis, melhoria na qualidade dos serviços prestados nas UPAs do município e a retirada do projeto de lei que autoriza o recebimento de lixo de outras cidades em Ribeirão das Neves.
Em muitas cidades, os eleitores estão colhendo assinaturas para que o corte dos vencimentos tramite por meio de projeto de iniciativa popular. No entanto, isso serve apenas como forma de pressionar os parlamentares, pois as propostas de alterações no contracheque dos vereadores são de competência exclusiva da Mesa Diretora das câmaras municipais e só podem valer para as legislaturas seguintes.
O salário dos vereadores é fixado de acordo com o número de habitantes e tem como parâmetro o vencimento dos deputados estaduais. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, um vereador pode ganhar até 75% do salário dos deputados estaduais. Nas outras, essa proporção varia de 20% a 50%. Levando em conta quanto ganha atualmente um deputado estadual (R$ 25,3 mil), o maior salário de um vereador pode ser R$ 17,7 mil, e o menor, R$ 5 mil.
No fim da legislatura passada, os vereadores aprovaram reajustes para todos os cargos, definindo o salário da prefeita em R$ 15.600, do vice-prefeito em R$ 10.400, dos secretários em R$ 8.700 e dos próprios vereadores em R$ 10.774.