Samara Estefani Santos de Deus, de 20 anos, que deixou os filhos gêmeos, de 1 ano e 5 meses, sozinhos dentro de casa em Ribeirão das Neves deixou o Presídio de Vespasiano no sábado (9). Os meninos morreram depois que um fogão caiu em cima deles, na tarde da última quinta-feira.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a jovem foi "desligada da unidade prisional por meio de alvará de soltura concedida pela Justiça".
A mulher, que não tinha passagens pela polícia, foi presa por abandono de incapaz.
No dia 5 de outubro do próximo ano a Constituição Brasileira, promulgada em 1988, irá comemorar suas bodas de prata. Nesses 25 anos de vigência, a "Cidadã", como a batizou Ulysses Guimarães, foi saudada como democrática, redentora, inclusiva.... e tome adjetivos! Porém as coisas precisam ser chamadas pelo nome certo. A Constituição deste país, deste malfadado Brasil, merece apenas um nome: O CÂNCER NACIONAL.
Ao ser escrito e engendrado, o documento seguiu um planejamento maquiavélico e coorporativo. Não elegemos uma Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade EXCLUSIVA de editar tão importante documento. Quem o escreveu foram as ratazanas de um Congresso para lá de suspeito. E assim, com o aplauso de uma nação em que 70% mal sabiam soletrar o próprio nome, o câncer foi promulgado.
Lendo-a, com calma e atenção, você percebe o mecanismo torpe ali contido: "Nós somos parlamentares e nós só podemos ser julgados pelos juízes da corte suprema". Parágrafo único: "Só serve para ser juiz da corte suprema o jurista que for aprovado por nós, parlamentares"...
Basta este parágrafo, aliás esta piada, para mostrar como o câncer foi plantado na nação rastaquera que a tudo assistiu com pompa e aplausos. E após a promulgação, meses após, iniciou-se no parlamento o butim memorável. Desencadeou-se o maior processo de jogo de interesses, ligando empresários e congressistas, de uma forma jamais vista em qualquer país democrático.
As justificativas para o enriquecimento ilícito de políticos, eram cobradas diuturnamente pelos bandidos de toga, juízes que aceitavam a roubalheira, mas que pediam um mínimo de recato.... de cuidado. A coisa foi a um tal ponto que houve até parlamentar que justificou sua fortuna alegando haver ganhado na loteria. Ganhado, diga-se de passagem, 36 vezes no espaço de quatro meses...
O surgimento dos novos barões brasileiros, os congressistas, causou danos e lesou profundamente o país. Porém, imenso e produtivo como é, até que o Brasil ia suportando bem. Era questão de se acomodar, de conviver com a situação gerada pela Constituição de 88. O que poucos imaginavam é que, como todo câncer, este também iria apresentar em breve as suas metástases.
Vendo o sucesso financeiro dos párias do Congresso, logo, logo os gabinetes do Executivo foram contaminados. Negociatas, lobbies, uma bandalheira geral com os recursos públicos. Os exemplos a partir de Brasília ganharam os gabinetes de governadores, Assembleias Legislativas, prefeitos e hoje até vereadores se constituem em pequenos larápios que tudo fazem para mamar na mesma teta. Há exceções? Sim! Pena que são raríssimas....
As garras do câncer foram levando de roldão todo um sistema que se queria democrático, ético e libertário. Até chegarmos a presenciar, à luz do dia, ministros do Supremo, desembargadores e mesmo juízes de primeira instância, vendendo sentenças, lucrando com processos. O contágio se espraiou por toda a pátria e dominou a consciência tupiniquim. Ao ponto de uma famosa marca de cigarros ter orientado sua publicidade para uma frase que ficou famosa: "É preciso levar vantagem em tudo"...
Para você que me leu até aqui, termino chegando às duas únicas infelizmente possíveis conclusões. A primeira é que nem você, nem eu e nem nossos netos veremos esta situação ser consertada. E a segunda – e talvez mais amarga -é que não há nada que possamos fazer a respeito.
Afinal, ainda não se descobriu a cura do câncer....
Não existe vento favorável a quem
não sabe onde deseja ir.
Sêneca
Com a implementação do Currículo Referência de Minas Gerais no ano de 2022 várias questões e preocupações são apresentadas por parte de estudantes, professores, pais e demais atores presentes no espaço escolar. Muitas dessas apreensões/críticas são voltadas para a parte flexível desse novo currículo, com destaque para o conteúdo intitulado Projeto de Vida que visa estimular os estudantes a adotarem posturas reflexivas, não apenas frente suas escolhas profissionais, mas em todas as dimensões de sua vida. Para contribuir com essas discussões e evidenciar a potência desse novo espaço dentro do currículo, apresento abaixo um relato de inquietações que resultaram em estratégias que venho desenvolvendo ao longo de minha carreira docente que tem como foco o projeto de vida dos estudantes.
Em minha trajetória como professor da rede pública estadual de ensino me deparo constantemente com uma questão que assim como eu todos os professores enfrentam: o que dizer aos estudantes que relatam possuir o sonho de cursar medicina? Provocado por essa questão ao conversar com outras pessoas dentro e fora do espaço escolar, sou recorrentemente aconselhado a orientar esses jovens a desistirem desse sonho. Essa triste recomendação parte da cruel constatação de que a possibilidade de um estudante da escola pública ter acesso a esse curso em uma sociedade desigual e excludente como a brasileira é bem pequena. Principalmente durante e após o período de pandemia causado pela Covid-19 e o consequente agravamento das desigualdades entre os sistemas de ensino público e privado.
No entanto, mesmo compreendendo essa preocupação em não frustrar os jovens por parte de professores, pais e demais pessoas que assumem a importante e difícil tarefa de orientá-los, ainda me parece uma violência muito grande apenas dizer para eles: "Mire mais baixo, tente algo que tem mais a ver com a sua classe social". Ainda mais quando passei a observá-los e constatar na prática que esse "choque de realidade" recorrentemente levava os estudantes a conclusões óbvias como: "Se eu não posso ser o que me sinto vocacionado - por que sou pobre, preto, filho de pais pouco escolarizados e morador de periferia - para que vou investir tempo, dinheiro e demais recursos que me são escassos nos estudos?". Portanto tal postura, mesmo bem-intencionada, consistia apenas em um movimento de naturalizar as desigualdades e consequentemente contribuir para a sua perpetuação.
Dessa maneira permaneci com esse drama durante longos anos da minha carreira de professor até chegar, a partir de estudos e vivências docentes, a conclusão de que, antes de dizer qualquer coisa, eu deveria realizar uma escuta dos protagonistas desse dilema que são os jovens. Afinal a decisão sobre o caminho a ser seguido após a conclusão do ensino médio definitivamente não deveria ser feita por nenhuma outra pessoa a não ser ele mesmo. Só assim eu poderia de alguma forma contribuir, a partir de minha experiência de pessoa pertencente às classes populares e oriunda da escola pública que ingressou na universidade, a ajudá-los a transformar os seus sonhos em um projeto possível de ser realizado, mesmo sabendo que para a efetivação desse seu projeto estes estudantes deveriam construir estratégias muito mais sofisticadas do que as adotadas pelas hiper favorecidas classes médias e elites brasileiras.
A adoção dessa estratégia pedagógica permitiu a compreensão de elementos importantes nas trajetórias e nos processos de escolhas dos estudantes que sinalizavam para caminhos a serem adotados para que de fato as minhas aulas fizessem sentido e ajudassem a cumprir a promessa de transformação que a educação traz para as vidas dos jovens de classes populares. Uma das principais constatações dessa postura de escuta foi que a grande maioria dos estudantes quando questionados sobre o que queriam fazer após a conclusão do ensino médio, declararam possuir o sonho de cursar o ensino superior almejando o ingresso em cursos mais conhecidos, com alto prestígio social e consequentemente mais concorridos como medicina, direito e engenharia. Já os que não desejavam ingressar na faculdade, em muitos casos, optavam por profissões ligadas à segurança pública, especificamente a carreira de policial militar.
Quando questionados sobre o porquê de realizarem tais escolhas, foi perceptível entre os jovens o pouco nível de informação sobre essas carreiras e o completo desconhecimento de quais eram as matérias no currículo da grade escolar associadas às profissões por eles escolhidas. Assim era recorrente o caso de estudantes que declaravam o desejo de cursar engenharia, mas odiavam a área de exatas ou que iriam cursar direito, mas não sabiam que os conhecimentos adquiridos nas aulas de sociologia, história e filosofia eram fundamentais para seu sucesso neste curso de graduação. Uma constatação ainda mais latente dessa escuta foi a de que na verdade esses estudantes não queriam ser médicos, engenheiros, advogados ou policiais, pois possuíam uma visão muito distante do que realmente seria exercer tais ofícios. Assim, em suas falas, demonstravam que na verdade, ao optar por essas profissões, estavam em busca de dignidade e respeito e, em sua visão, dentro de uma sociedade desigual e excludente, onde determinadas profissões são consideradas verdadeiros títulos de nobreza - vide a tradição de médicos e advogados serem chamados de doutores mesmo não possuindo esse grau de escolaridade –, a única forma de ser revestido de dignidade e impor respeito seria vestir um terno, um jaleco ou uma farda.
Logo, grande parte dessas escolhas não partiam de um desejo vocacional, de suas habilidades, características e preferências pessoais - algo fundamental para que tenhamos profissionais que de fato se realizem -, mas sim refletia um desejo de fugir de posturas subalternas e acender a uma posição de elite social, mas sem romper com uma lógica de subjugar os tidos como inferiores em sociedades desiguais e excludentes como a brasileira, ou seja, o caso clássico evidenciado por Paulo Freire ao indicar que "quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor".
Tendo em vista tais conclusões, percebi a oportunidade em minhas aulas de sociologia, a partir de reflexões acerca do lugar que o trabalho ocupa na vida dos indivíduos em nossa sociedade, a possibilidade de apresentar parâmetros que poderiam ajudar os estudantes a qualificar melhor suas escolhas bem como compreender os caminhos que o levariam a acessar a carreira desejada. Ainda busquei a partir dessas discussões ampliar o campo de possibilidade desses jovens ao estimulá-los a pesquisar sobre diferentes carreiras, acadêmicas ou não, que poderiam acessar próximo a sua casa, tendo em vista que na Região Metropolitana de Belo Horizonte só a UFMG - que é apenas uma das instituições de ensino que oferta cursos gratuitos - apresenta mais de 70 possibilidades de cursos nas mais diferentes áreas do conhecimento que em sua maioria eram totalmente desconhecidas desses estudantes e que possuem grande afinidade com suas preferências como por exemplo as profissões ligadas a novas tecnologias e artes.
Nesse sentido, tenho buscado revestir os estudantes de capitais sociais ao transmitir informações sobre formas de acesso a cursos em universidades públicas e bolsas em universidades privadas, bem como formas de acesso a cursos técnicos e concursos públicos, que dificilmente teriam acesso via as suas redes de relacionamentos domésticas. Capitais sociais estes que são apontados por vários especialistas como o grande diferencial entre os alunos das classes populares - que geralmente estudam para passar de ano e não enxergam conexão entre o que é ensinado na escola e seus projetos de futuro - e os alunos das classes médias e ricas que desde cedo são ensinados por suas famílias que os capitais (educacionais, informacionais, culturais entre outros ) oferecidos pela escola serão utilizados para obter acesso a universidades de prestígio, boas colocações no mercado de trabalho e convertidos em capitais econômicos. Esses especialistas afirmam ainda que por não saberem as regras do jogo os estudantes das escolas públicas perdem por "W.O", pois devido ao seu total desconhecimento não acionam importantes incentivos implementados por políticas públicas que poderiam garantir o seu acesso à universidades e cursos técnicos inclusive cursos muito caros como o de medicina.
Assim com essas ações focadas em uma proposta de ensino ligada a reflexão acerca do projeto de vida dos estudantes, em um movimento de tentar compreender e orientar as suas escolhas tenho conseguido atingir um a paz de espírito nessa questão sobre o que dizer para os(as) estudantes que apresentam o desejo de ser; médico(a), veterinário(a), empresário(a), jogador(a) de futebol, desenhista, diretor(a) logístico(a), advogado(a), professor(a), mecânico(a), músico(a), MCs, DJ, Youtuber ou qualquer outra carreira que os meus alunos possam almejar , buscando indicar onde os conhecimentos trazidos pela escola poderão lhe ajudar nessa jornada. Assim tenho colhido bons resultados, pois a Escola Nossa Senhora da Conceição, onde sou professor efetivo há dez anos, é a terceira em número de estudantes inscritos no ENEM no município de Ribeirão das Neves (perdendo apenas para o IFMG e a Cidade dos Meninos ), apresentando ainda números expressivos de estudantes que ingressaram em importantes universidades, e tem me resultado em episódios tocantes como o que vivenciei no ano passado em um encontro fortuito com uma ex-aluna em um supermercado que ao me cumprimentar efusivamente disse que havia conseguido uma bolsa integral no curso de medicina e que as discussões que tínhamos promovido em sala de aula foram cruciais para que ela alcançasse essa grande conquista em sua vida.
Depois desse extenso relato, você deve estar se perguntando o que isso tudo tem a ver com o novo currículo e projeto de vida? Em minha visão essa nova disciplina, principalmente para as escolas públicas, deve ser vista como uma possibilidade de ampliar ações como as descritas acima. Esse novo conteúdo curricular, que contará com duas aulas semanais, caso seja bem aproveitado, poderá se configurar em um espaço de escuta dos estudantes do ensino médio que traz em si o potencial de transformar a sua relação com os saberes oferecidos pela escola. Assim, poderá ajudar os estudantes a superar visões protocolares frente aos estudos, deixando de entendê-los apenas como uma tarefa para obter pontos e serem aprovados, os estimulando a compreender esses saberes como fundamentais para a sua trajetória pós-escolar tanto em suas escolhas profissionais como em outras dimensões de sua vida.
Um último aspecto que deve ser salientado consiste no fato de que para as promessas trazidas por esse novo arranjo curricular sejam cumpridas, esforços devem ser realizados pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais no sentido de formar efetivamente os profissionais que irão atuar na ministração desse novo conteúdo curricular, sob o risco de limitar essas discussões a meras exposições meritocráticas e com um teor de autoajuda. Ou seja, de fato transformar tais discussões em simples vendas de sonhos em uma postura que lembra a nossa infância com a Xuxa, rainha dos baixinhos, cantando "Tudo pode ser, basta acreditar".
Convido aqui professores, diretores e demais responsáveis pela implementação desse novo componente curricular a enxergá-lo como um signo aberto que devemos dar significado a partir de nossos conhecimentos acerca da comunidade onde atuamos e acessar materiais como os que segue abaixo produzidos pelo Observatório da Juventude da UFMG e Ação Educativa de São Paulo. Dessa forma estamos ajudando os talentosos jovens que frequentam as escolas públicas mineiras a transformar seus sonhos em projetos exequíveis lhe oferecendo capitais sociais (acesso a informações e estratégias) que suas famílias e grupos de convívios sociais não dispõe.
Caro professor(a), diretor e pais caso queira saber mais sobre o que é projeto de vida acesse:
Projeto de Vida – Observatório da Juventude da UFMG - http://observatoriodajuventude.ufmg.br/juviva-conteudo/05-03.html
Cartilha Rumo certo – Ação educativa – https://acaoeducativa.org.br/wp-content/uploads/2016/10/Guia-To%CC%82-no-Rumo.pdf
Roda de Conversa sobre projeto de Vida e Juventude - https://www.youtube.com/watch?v=CJ4jlYaIp3o
Lendo a bíblia, constata-se que Moisés conheceu sua esposa Zípora quando ela estava em uma luta por água. E essa disputa prossegue a humanidade. Mais uma vez, o povo brasileiro está a enfrentar uma forte crise hídrica, que pode ser na verdade uma crise de eficiência dos gestores. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, já é rotina em muitos bairros da periferia a falta de água. Sem explicações claras dos motivos pelos quais a água falta.
Não é só a falta de água que assola a RMBH. Um problema de gestão relativo à água potável e saneamento básico exige atenção especial na qualidade da água.
Em 2015, quando Fernando Pimentel assumiu o Governo do Estado, ele garantiu na Bacia do Rio Paraopeba uma obra que evitaria problemas de abastecimento que tanto assustaram o povo de RMBH em anos anteriores.
Na sequência, ocorreu o incidente de Brumadinho, já no início do Governo Romeu Zema. Não há como negar que a captação de água do rio Paraopeba ficou comprometida ao menos parcialmente. Se a captação não ficou inviabilizada, com certeza teve sua qualidade afetada.
Ninguém ficava medindo quantos dias se podia utilizar um filtro de barro sem precisar lavar ou trocar as velas. Mas todos sabem que, após o incidente de Brumadinho, a frequência com que se lava a vela do filtro ou que ela é trocada aumentou. E isso porque a vela fica completamente avermelhada em três ou quatro dias.
Para piorar o quadro que assola o povo na região metropolitana, a copasa não raro é encontrada respondendo por irregularidades nas cobranças de contas. Cobranças excessivas por lançamentos sem a devida leitura nos medidores. Cobranças por serviços não prestados. E muita dificuldade para resolver as questões diretamente com os canais de atendimento do consumidor da empresa.
Quando o Governo sustenta um discurso de privatização, não prover a empresa que presta serviço público de saneamento com uma atuação atenta ao princípio de efetividade e eficiência do serviço prestado, aparenta ser uma estratégia de construir uma indisposição da população para com isso forjar uma aceitação da ideia de privatizar, como se esta fosse uma boa solução.
Nada de fechar os olhos a uma realidade hídrica que é caótica em todo o mundo. Mas ouvir agentes públicos, políticos ou de carreira, proclamando que a privatização é uma alternativa, soa como uma confissão ficta de incapacidade deste agente público de realizar sua função de forma eficaz e eficiente.
Ora, se o agente público investido pela Constituição e pela Lei da obrigação de gerir um órgão, bem ou empresa públicos e este agente fica a todo tempo apresentando como alternativa a entrega do órgão, bem ou empresa públicos à inciativa privada, parece mais uma incapacidade do agente para gerir o arcabouço humano e patrimonial sob sua batuta.
Existem exemplos de privatizações que não deram tão certo, gerando inclusive pedido de recuperação judicial da empresa que se tornou responsável pelo serviço privatizado.
Então, toda vez que o agente público ficar proclamando a necessidade de privatizar, é preciso ler nas entrelinhas que ele é incapaz de gerir o órgão que deseja vender, de modo que pode não ser um problema do órgão em si, mas do gestor. E que, mudando o gestor, o serviço pode operar com eficácia e eficiência. Sem que necessariamente a venda traga melhorias.
Uma questão muito debatida na cidade, principalmente na região de Justinópolis, e que recentemente vem à tona nas falas do Colé Markim e do Sasp, influencers digitais bem conhecidos da região e até no graffiti do personagem Bolinho que foi pintado em um muro da Avenida JK, é se Justinópolis é Neves ou não.
Essa questão faz muito sentido já que Justinópolis é conurbada a Venda Nova, ou seja, são espaços contínuos e regiões divididas por uma rua. A formação do distrito de Justinópolis, teve influência no processo da periferização de Belo Horizonte, através do crescimento da região de Venda Nova, zona norte da capital. O distrito de Justinópolis foi desbravado pelos agentes imobiliários e se consolidou ligado muito mais a Venda Nova, tendo poucos laços de ligação com a Sede do município de Ribeirão das Neves, o que leva a ausência de coesão territorial e fraca integração regional.
De outro lado, a formação da Sede da cidade de Ribeirão das Neves foi fortemente influenciada pela construção da Penitenciária Agrícola de Neves e a Regional Veneza, como fica conhecida, leva o nome de um de seus maiores bairros, originado a partir de loteamento popular e cresce a partir da construção do eixo viário da BR-040, inaugurada na década de 1970, se constituindo como um eixo de expansão da cidade. A regional Veneza se tornou alvo de intenso processo de parcelamento e ocupação, mas permaneceu isolada da Sede, seja pelos condomínios fechados e chácaras de recreio que ocupam grande parte do seu território, seja pela barreira representada pela própria rodovia da qual é área lindeira. Assim como ocorre com Justinópolis, mantém uma relação tênue com o núcleo urbano da Sede do município, ao qual se vincula principalmente por razões de ordem administrativa.
Nesse sentido, os processos de formação das três regionais da cidade são muito distintas e refletem na organização da cidade até a atualidade, além de serem separadas por barreiras físicas e estradas, possuem relações espaciais com pouca ligação, exemplificada pela precária e desarticulada malha viária, de forma que já disseram por aí que Ribeirão das Neves se parece mais com um arquipélago de ilhas do que com uma cidade.
No meio dessa história toda, de tempos em tempos, a partir desse sentimento de não pertencimento à cidade, surgem diversas teorias e tentativas de emancipação e com isso, por duas vezes, houveram dois plebiscitos realizados pela Justiça Eleitoral para consultar a população nevense sobre uma separação do distrito de Justinópolis. O primeiro plebiscito foi em 1991, onde apesar de a maioria dos presentes ter votado a favor, não houve o quórum mínimo exigido, que é o de maioria simples, e o resultado final foi pela não emancipação. Em 1995 o segundo, que teve percentual de participantes inferior à primeira consulta, e novamente, a maioria dos votantes foram favoráveis à emancipação, mas como o quórum mínimo não foi atingido, o plano de transformar Justinópolis em um novo município independente foi frustrado.
De acordo os poucos estudos da área, a viabilidade econômico-financeira da emancipação de Justinópolis seria negativa, com gastos enormes para sustentar sua própria prefeitura, câmara de vereadores e funcionários públicos, além da defasagem nos serviços públicos e campo industrial, que estão concentrados na Sede do município, além da baixa geração de impostos.
Com isso, atualmente, o município de Ribeirão das Neves é dividido em três distritos: Sede, Justinópolis e Veneza. E no final das contas, Justinópolis é Neves sim.
O Programa de Estágio do Banco Mercantil do Brasil (MB) passou por uma repaginação e agora está mais moderno, atrativo e alinhado com o público-alvo: os jovens universitários. O programa ganhou uma landing page (programadeestagiomb.com.br) que reúne informações como a cultura organizacional do banco, áreas de atuação do programa, etapas do processo seletivo, benefícios e pré-requisitos.
Além do novo canal e da nova identidade visual, o MB também voltou a abrir vagas de estágio para os Pontos de Atendimento em todo o Brasil. Com isso, os estagiários terão a oportunidade de conhecer mais a rotina das agências, entender o negócio e transformar experiências por meio das relações com as pessoas. “Caso o candidato não encontre uma vaga alinhada com o seu curso, é possível se cadastrar no Banco de Talentos da empresa, ao qual recorremos regularmente para preencher vagas de novas oportunidades”, destaca Cassio Laignier, Coordenador de Recrutamento e Seleção.
Vagas disponíveis
O Mercantil do Brasil está oferecendo vagas de estágio para jovens talentos de diversas áreas para atuação. São oportunidades abertas para estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Engenharia, Estatística, Psicologia, Relações Internacionais e Tecnologia. Para participar do processo seletivo, os interessados devem cadastrar o currículo no site jobs.kenoby.com/vempromercantil.
O profissional precisa estar matriculado e cursando o ensino superior, além de ter disponibilidade para cumprir até dois anos de programa de estágio, durante o período de 6 horas, de segunda a sexta-feira, de manhã ou à tarde. O MB busca profissionais que querem ganhar experiência na sua carreira, com perfil proativo, inovador, com brilho nos olhos, facilidade de trabalhar em equipe e perfil para resolução de problemas e inovador.
Além da bolsa de estágio, os benefícios oferecidos pelo MB incluem vale-transporte e acesso ao GymPass, Programa Meu Bem Estar e Academia Mercantil, que conta com cursos on-line para a ambientação e o desenvolvimento profissional do estagiário.
Mercantil do Brasil
O Banco Mercantil do Brasil vem passando por uma importante transformação cultural nos últimos anos, pautada no investimento em inovação, tecnologia e pessoas. Só em tecnologia, os investimentos do banco orçados para 2021 somam R$ 137 milhões.
Contando com mais de 3 milhões de clientes ativos, 75% dos quais são pessoas físicas com 50 anos ou mais, o banco mineiro carrega em seu DNA o propósito de oferecer a seus clientes uma experiência única. Não é à toa que o banco foi eleito em 2021 a Empresa do Ano no Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente e atingiu o patamar de Excelência na pesquisa NPS (Net Promoter Score), que fornece informações sobre fidelidade dos clientes e grau de satisfação com produtos e serviços, apurada de forma contínua.
Sustentada por seus talentos, o crescimento dos números vem acompanhado de posições de destaque nos rankings de melhor empresa para se trabalhar, tendo o banco sido premiado entre os três primeiros colocados em Minas Gerais nos últimos quatro anos no GPTW.
Instrutor horista
Salário: não informado.
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A Copasa informou que, devido a necessidade de manutenção emergencial na rede de água, o abastecimento em alguns bairros dos municípios de Ribeirão das Neves e Belo Horizonte foi interrompido na tarde desta segunda-feira (19).
De acordo com a empresa, a previsão é que o abastecimento seja normalizado, gradativamente, no decorrer desta noite.
Em Ribeirão das Neves foram afetados os bairros Botafogo, Canoas, Cerejeira, Céu Anil, Eliane, Elizabeth, Evereste, Fazenda Misongue, Felixlândia, Flamengo, Fortaleza, Granjas Primavera, Guadalajara, Havaí, Itapoá, Jardim de Ala, 1 Seção, Katia, Lagoa, Laredo, Lidici, Nossa Senhora da Conceição, Núcleo Tradicional, Penha, Santa Branca, Santa Fé, São Januário, São João de Deus, São José, São Miguel Arcanjo, Sonia, Toni, Tropical, Urca, Vera Lucia, Viena e Vila Braúna, Vila Papine.
Atividades
Auxíliar administrativo
Requisitos
Cursando o ensino médio
Salário: não informado.
Carga horária: Segunda a sábado, das 13h às 18h
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