Mais de dois meses após a conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o atleta de taekwondo Maicon Siqueira, segue sem receber a premiação referente ao feito. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o atleta de 22 anos, nascido no distrito de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, disparou contra a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), que já recebeu os R$ 12.500 da Petrobrás, patrocinadora da entidade, mas ainda não repassou o valor ao atleta.
Maicon ainda reclama de um reembolso que a entidade prometeu por conta de uma viagem paga para que iranianos treinassem em São Caetano antes dos Jogos. A soma dos valores é de R$ 22.875. "Hoje (quinta-feira) de manhã recebi um e-mail para eu poder ir para o Rio de Janeiro receber minha premiação. Eu teria que ir lá por interesse meu. Estou esperando até agora o depósito, eu preciso ir para o Rio receber a premiação? Isso é um descaso total. A confederação não está nem aí para o atleta que levou o nome do taekwondo para o mundo", desabafou.
Apesar das dificuldades, o atleta garante que vai lutar por mais um ciclo olímpico. Aos 23 anos, ele diz que, mesmo com o início de caminhada até 2020 bastante complicado, ele sonha com a medalha nos Jogos de Tóquio. "Desistir jamais, não vai ser uma confederação ruim que vai me tirar e o sonho de estar em Tóquio 2020. A gente nem começou ainda os quatro anos e está tudo parado. Se continuar deste jeito, vai ser difícil, mas o sonho segue. O ciclo olímpico já começou", disse.
O medalhista olímpico garante que a entidade que comanda o esporte no país o persegue, mas não teme perder o lugar na seleção nacional após as severas críticas à Confederação.