A história nos conta que os sinais de fumaça não eram ficção como uma das modalidades de se comunicar. Os índios apaches dos Estado Unidos emitiam sinais dos altos dos morros quando precisavam chamar reforços para enfrentar um inimigo. Os chineses também se posicionavam ao longo da Grande Muralha da China e usavam os sinais de fumaça para transmitir mensagens de ataques e outras de interesse da tribo. A estratégia, quando decifrada pelos inimigos, precisava logo de alteração.
Ao longo da história, os povos foram se aperfeiçoando através do surgimento de dezenas de maneiras de se comunicar. Um rápido resumo nos remete ao primeiro jornal, pelas mãos do imperador Júlio César, na Roma antiga. O rádio surgiu através de um inventor italiano, mas podemos considerar que a voz humana foi transmitida pela primeira vez na época de Natal, por volta de 1900. No final do século XIX o homem já procurava alternativas para transmitir som e imagem juntos, unificando conceitos de matemática, física e química para a criação dos aparelhos de TV, que vem sendo aprimorados desde que um russo, em 1923, desenvolveu um tubo de imagem. Entretanto, comercialmente, por volta de 1935 é que os alemães conseguiram realizar a proeza de fazer uma transmissão.
E assim, com a evolução dos conhecimentos, surgiu a tecnologia e, consequentemente, a internet, que vem se atualizando até chegar aos modernos smartphones e às sedutoras redes sociais, como Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, blogs, entre outros. Seja pelo celular, tablet ou mesmo computador, se o dispositivo estiver conectado à internet, é viável manter contato com pessoas em qualquer lugar do mundo. A fumaça se dissipou nesse percurso. Hoje as nuvens são a bola da vez.
Se antes precisávamos fazer uma fogueira para mandar uma mensagem, hoje, as redes sociais chegaram para dominar o mundo e facilitar as relações entre as pessoas, apresentando uma nova forma de comunicação, mais eficaz e rápida. Estamos vivenciando um novo modelo de comunicação e nos adaptando a esse novo desafio. Nunca estivemos tão próximos do outro em qualquer parte do mundo ao mesmo tempo em que temos um feedback, ou seja, uma resposta tão rápida para as ações. Produzimos conteúdo a partir da nossa opinião e consumimos informação.
No panorama da era digital, surgem novas profissões para o presente e para o futuro movimentando o mercado e abrindo espaço para uma nova geração de especialistas diversos em "análise da web, arquiteto de informação, editor de conteúdo, diretor de marketing on line, programador, gerente de comunidade e redes sociais", entre tantas outras dezenas.
O mundo está se transformando em digital. Aonde você vai, ele vai estar lá à sua disposição, mas você vai precisa saber utilizar esse modelo com coerência para não se perder. Portanto, nem só de flores são feitas as redes sociais, existindo também um caminho de espinhos. O compartilhamento de experiências, a descoberta de um amigo distante, falar com familiar que não se via há muito tempo, mobilidade e agilidade no dia a dia, efetuar uma compra, pagamento de contas, transferências bancárias, enfim, não existe distância para as redes sociais. Mas, também, a exposição em excesso e a falta de privacidade, a sedução da vida na rede social na maioria das vezes é mais atrativa que a realidade, exposições desnecessárias e, ainda, o risco da utilização de dados sigilosos, entre outros.
Então, somos uma geração que se comunica muito mais agora do que no início da humanidade. Essa geração possui uma forma especial de se comunicar mais rápida e mais interativa, envolvendo troca de informações tanto no círculo familiar como no profissional, daí a importância às oportunidades para a construção de um bom relacionamento, afinal, devemos ter consciência em utilizar os meios, a linguagem e conteúdos apropriados em cada caso. Somente assim obteremos bons resultados, com uma comunicação cooperativa, agradável, útil e respeitosa. Nesta oportunidade, quero agradecer o convite para fazer parte do grupo de articulistas do RibeirãoDasNeves.net, que completa uma década de vida levando aos nevenses informação de utilidade pública e de qualidade.