Estava vendo esses dias na TV sobre o caso do Juiz Alexandre Martins, que foi assassinado há 10 anos na porta de uma academia em Vila Velha/ES. Alexandre não fazia só o seu trabalho, ele ia um pouco além disso, estava investigando “o crime organizado” onde alguns dos envolvidos eram um Juiz de direito, um policial civil e um coronel da Polícia Militar. Essa quadrilha facilitava a saída de presos da cadeia. Indivíduos que traficavam, matavam e roubavam. A demora do julgamento dos acusados de encomendarem a morte do juiz, acontece pelos inúmeros recursos que a justiça possui, são recursos que demoram até anos. Será que todos conhecem essa “arte manha”? “Dificilmente, a justiça consegue prendê-los, porque são pessoas abastecidas pelo dinheiro do crime, pessoas que sempre são muito bem defendidas. Puni-los é um desafio do judiciário brasileiro”, destacou o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), o juiz Nelson Calandra. Ou seja, traduzindo essas palavras: Existe a justiça para os pobres e para os ricos, se fosse um pobre que tivesse cometido o mesmo crime contra o juiz, já estaria preso porque não teria recursos para pagar um bom advogado que conheça profundamente todas as “ordem jurídicas” capazes de estenderem um processo judicial por mais de uma década. Então temos a justiça para o pobre, para o rico e agora temos a terceira justiça que é para os casos de grande repercussão, como o caso do goleiro Bruno que apesar de ser um processo muito complexo, em menos de três anos foi preso e condenado. Outro caso semelhante é o da família “Nardoni” que em dois anos se concluiu tudo. Estamos em um país que na minha opinião as leis são criadas baseado na “síndrome do preso político” já que são eles os legisladores. Temos os advogados que são profissionais de direto que cursam a mesma matéria, indiferente da instituição de ensino, mas que podemos contratá-los por uma diferença de preço absurda, não dependendo somente do caso mas também dos envolvidos.