A juíza Marixa Fabiane Rodrigues, da comarca de Contagem, marcou o julgamento do goleiro Bruno Fernandes para o dia 19 de novembro deste ano dois anos e quatro meses após o caso Eliza Samúdio. Ele e mais seis réus respondem pelo desaparecimento e morte da jovem.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Jorge Rosa, que era adolescente na época do crime, cumpriu medida socioeducativa por participar de atos infracionais análogos a homicídio triplamente qualificado e a sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio, e foi liberado da punição em setembro de 2012, com 19 anos.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.