A peça "Prosa sem rumo", interpretada pelas atrizes Lucilene França e Delba Menezes, circula entre os meses de novembro e dezembro pelos centros culturais de Belo Horizonte, dentro do Descentra, projeto da Secretaria de Cultura.
O espetáculo é um registro do patrimônio cultural mineiro. A dramaturgia revisita a cultura popular, através de narrativas que resgatam e preservam o nosso patrimônio linguístico, a partir de vocábulos, ditados, cantigas e expressões comuns ao linguajar do povo. As falas das personagens estão contextualizadas nesse patrimônio linguístico, artístico e cultural trazendo para as cenas outras linguagens artísticas da expressão cultural como os rituais de reza, benzeduras, músicas, danças, e datas festivas da religiosidade popular. Estão também presentes a culinária, os costumes e cantos folclóricos. Tem participação especial de caixeiros dançantes do Quilombo de Nossa Senhora de Rosário, de Justinópolis, com seus tambores de sons ancestrais.
Todas as apresentações são gratuitas! Serão quatro apresentações das peças dentro do Descentra, confira as respectivas datas e locais:
Dia 22 de novembro (Sexta-feira) - 19h
Centro cultural Urucuia (Região do Barreiro)
R. W-3, 500 - Pongelupe, Belo Horizonte.
Dia 30 de novembro (Sábado) - 19h
Centro Cultural Venda Nova
R. José Ferreira dos Santos, 184 - Jardim dos Comerciários, Belo Horizonte.
Dia 7 de dezembro (Sábado) - 19h
Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira
Av. Pres. Antônio Carlos, 821 - São Cristóvão, Belo Horizonte.
Dia 13 de dezembro (Sexta-feira) - 19h
Usina de Cultura
R. Dom Cabral, 765 - Ipiranga, Belo Horizonte.
Sinopse
O espetáculo recria uma atmosfera histórica da segunda metade do séc. XX com as personagens Catarina e Das Dor. São duas vizinhas, mulheres maduras, dialogando sobre o cotidiano, com um humor subjacente. Em seus discursos, a conversa corriqueira vai transparecendo questões existenciais atemporais como a solidão, os estados de ânimo, a nostalgia, a busca de solução para o sentido da vida, e também as resistências psicológicas ao se depararem com mudanças. Assim, na simplicidade de vida e da mentalidade de duas interioranas, as questões subjetivas transpassam a história de vida pessoal e alcançam o universo psicológico da existência humana.