A prefeita Daniela Corrêa (PT) reforçou, na última sexta-feira (1), que vai vender o terreno às margens da BR-040 para que a iniciativa privada construa um novo centro industrial na cidade e criticou os vereadores de praticar, segundo ela, a estratégia do "quanto pior, melhor" para desgastar sua imagem no processo eleitoral. A declaração foi feita em entrevista ao radialista Edelson Augusto, da rádio Conexão Neves.
De acordo com a prefeita Daniela, desde 2010 existe uma lei que autoriza o município a efetuar a venda do terreno e que muitos dos atuais vereadores estavam presentes na legislatura passada e apoiaram o Projeto de Lei na gestão do ex-prefeito Walace Ventura.
Ainda segundo a petista, o valor do imóvel - estimado em R$ 70 milhões - vai ajudar Ribeirão das Neves a ter uma melhor saúde financeira, evitando que receitas da União sejam retidas na fonte em função de débitos do município com o INSS, e também possibilitando investimentos nos postos de saúde, na reforma de escolas e na pavimentação de um número maior de ruas em toda a cidade.
"Não estamos vendendo terreno pra fazer loteamento ou algo que não traga benefícios da cidade, vamos gerar receita para melhorar a saúde financeira da prefeitura e para fazer investimentos que a cidade precisa, gerando emprego e renda", afirmou.
Daniela ainda afirmou que tão logo a Lei chegue em seu gabinete, ela irá vetá-la. "Estamos preparando uma peça jurídica pois o assunto é do executivo, não do legislativo. Este é um movimento eleitoreiro, do 'quanto pior, melhor', pois (os vereadores) vão nos enfrentar na próxima eleição e querem criar um desgaste na minha imagem com a população. Eles sabem, que com o tanto que eu trabalho, com a força do povo e com R$ 70 milhões em caixa nós vamos encerrar o governo com muita força", finalizou.
Entenda
O terreno em questão, que tem área de 1,489 milhão de metros quadrados, está situado às margens da BR-040, entre os bairros Neviana e Veneza. De acordo com a Lei 3.298/2010, o imóvel - que teria sido recebido pelo município em contrapartida do Governo do Estado - está alienado para que nele seja implantado um polo de atividades industriais, econômicas e financeiras.
O Executivo enviou um Projeto de Lei para permitir a venda e, na semana passada, os vereadores de oposição aprovaram outro PL proibindo-a. Antes de a Lei chegar ao Executivo, a Prefeitura abriu uma concorrência para a alienação do terreno.