O secretário municipal de obras, Leonardo Ermindo Cardoso, esteve presente nessa segunda-feira (21), na Câmara Municipal, para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na utilização de recursos financeiros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) na região de Justinópolis, cujas obras estão paralisadas há aproximadamente um ano por pendências em licenças ambientais.
De acordo com o secretário, dos R$ 141 milhões previstos para a obra, apenas R$ 44,8 milhões foram liberados até agora, sendo que 59% deste montante dos recursos já foram aplicados em obras e trabalhos técnicos/sociais, faltando ainda a parte de regularização fundiária. A segunda etapa está em fase de construção do edital para posterior processo licitatório.
Segundo o presidente da CPI, vereador Vitório Junior (PDT), junto com a intimação do secretário de obras, foi solicitado toda a documentação envolvida na gestão do PAC2, como contratos, licitações, medições e empenhos. "Aguardamos que o secretário traga toda a documentação na próxima semana. Vamos fazer também uma convovação para representantes da Copasa para que as informações sejam confrontadas com as que o secretário nos passou hoje", afirmou.
Os vereadores justificaram a criação da CPI a partir da dificuldade de obter documentos junto ao Executivo e ao fato de que, segundo eles, uma única empresa, a Previsan, tenha sito vencedora de todas as licitações refente ao PAC 2 no município. Compõem ainda a comissão os vereadores Vanderlei Delei (PROS), vice presidente, Romulo Fernandes (PMN), Fabiano Diniz (SD) e Bruno Reges (PT).
Os parlamentares terão 120 dias para concluir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito.