A Prefeitura de Ribeirão das Neves impetrou um mandado de segurança na Justiça questionando a legalidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga possíveis irregularidades na aplicação de verbas da Saúde.
De acordo com o Procurador Geral do Município, Cláudio Figueiredo, a Prefeitura não se opõe à investigação, apenas questiona a composição dos vereadores que formam a comissão, alegando que a base do governo não foi devidamente representada, desrespeitando o regimento interno. Além disso, o executivo alega que, antes mesmo de criada a CPI, o presidente Juarez Carvalho (PSB) já estava com os membros escolhidos.
O presidente da CPI da Saúde é Vitório Junior (PDT) e o relator Vanderlei Delei (PROS). Compõem ainda a CPI os vereadores Bruno Reges (PT), Fabiano Diniz (SD) e Rômulo Fernandes (PMN). Como membros suplentes ficaram Léo de Areias (PDT) e Nilton Brauninha (PSDB).
Para o presidente Vitório Junior, houve um gesto claro do governo de tentar barrar o funcionamento da CPI e, como ainda não houve julgamento do mérito do mandado, os trabalhos vão continuar até segunda ordem.
"(O governo) argumenta algumas irregularidade na condução da CPI que, ao nosso ver, não tem nenhum cabimento. Eu tenho dito que quem não deve, não teme. Já constatamos indícios fortes, quando foi criada a comissão especial que desaguou na CPI, essa tentativa de barrar demonstra que eles sabem que existem problemas graves e que essa CPI vai passar tudo a limpo", afirmou Vitório.
O presidente da comissão afirmou ainda que já existem secretários e ex-secretários do governo Daniela intimados a comparecer na próxima reunião da comissão, que acontece na segunda-feira (9). "Eles alegam que não tem dinheiro pra nada, precisamos saber para onde ele está indo", finalizou.