Os candidatos que participaram das Eleições 2014 entregaram as prestações de contas finais das campanhas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para a prestação de contas terminou nessa terça-feira (4). O RN.net fez um levantamento sobre a prestação dos cinco candidatos a deputado estadual e federal mais votados de Ribeirão das Neves.
Deputado Estadual
Dentre os que pleiteavam uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, quem mais arrecadou foi Junynho Martins (PSC), cerca de R$ 224 mil, com despesas de cerca de R$ 223 mil, gerando um saldo de R$ 1 mil. Com 17.759 votos, cada eleitor do ex-vereador custou R$ 12.
O ex-prefeito Walace Ventura (PR), que conseguiu 14.761, não entregou a prestação de contas à Justiça Eleitoral, segundo o TSE.
Em seguida, Vanderlei Delei (PROS) declarou ter conseguido receitas e despesas de cerca de R$ 163 mil, terminando com saldo zero. Os 8.967 votos do vereador saiu por R$ 18. Adilson Puma (PRB) também declarou receitas e despesas equivalentes, cerca de R$ 41 mil, com pequeno saldo de R$ 2,40. Assim, seus 2.757 tiveram custo de R$ 15 cada. O candidato Tororó (PCdoB), declarou ter arrecadado R$ 8,6 mil e gastado R$ 7,5, com saldo de pouco mais de R$ 1 mil. Cada voto do comunista custou R$ 3,38.
Candidato | Receita | Despesa | Saldo | Votos | R$/voto |
Junynho Martins (PSC) | R$ 224.388,46 | R$ 223.388,46 | R$ 1.000,00 | 17.759 | R$ 12,64 |
Vanderlei Delei (PROS) | R$ 163.755,70 | R$ 163.755,70 | R$ 0,00 | 8.967 | R$ 18,26 |
Adilson Puma (PRB) | R$ 41.505,23 | R$ 41.502,83 | R$ 2,40 | 2.757 | R$ 15,05 |
Tororó (PCdoB) | R$ 8.614,08 | R$ 7.554,08 | R$ 1.060,00 | 2.551 | R$ 3,38 |
Walace Ventura (PR) | - | - | - | 14.761 | - |
Deputado Federal
Dentre àqueles que tentaram uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília, quem mais arrecadou foi Paulo Valle (PPS), cerca de R$ 147, valor igualmente declarado com despesas. Com 2.628 votos, cada um custou ao candidato R$ 56,13. O mais votado, Fabiano Diniz (SD), aparece logo atrás, com R$ 48 mil em receitas e R$ 47 mil em despesas, gerando saldo de cerca de R$ 1. Com seus 18.664 votos, o valor unitário ficou em quase R$ 3.
Em seguida aparecem Valério Neto (PR) e Xica da Silva, com declaração de cerca de R$ 8 mil em receitas e despesas, com saldo zero em ambos. Com votação parecida, dentro de 2.300 votos, cada um gastou pouco mais de R$ 3 em cada.
O empresário Aécio di Neves (PPS), que recebeu exatos 1.000 votos, não entregou a prestação de contas à Justiça Eleitoral, de acordo com o TSE.
Candidato | Receita | Despesa | Saldo | Votos | R$/voto |
Paulo Valle (PPS) | R$ 147.503,81 | R$ 147.503,81 | R$ 0,00 | 2.628 | R$ 56,13 |
Fabiano Diniz (SD) | R$ 48.598,31 | R$ 47.098,31 | R$ 1.500,00 | 18.664 | R$ 2,60 |
Valério Neto (PR) | R$ 8.277,20 | R$ 8.277,20 | R$ 0,00 | 2.310 | R$ 3,58 |
Xica da Silva (PSB) | R$ 8.236,60 | R$ 8.236,60 | R$ 0,00 | 2.392 | R$ 3,44 |
Aécio di Neves (PPS) | - | - | - | 1.000 | - |
A prestação de contas de todos os candidatos está disponível no site do TSE.
Contas
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG) analisa as contas dos candidatos a deputado federal e deputado estadual. Após receber as contas finais, a Justiça Eleitoral disponibiliza os respectivos dados em página da internet e determina a imediata publicação de edital para que qualquer partido político, candidato ou coligação, bem como o Ministério Público, possa apresentar impugnação no prazo de três dias.
Depois de análise das contas por área técnica do tribunal, o ministro ou juiz relator abre prazo para manifestação do prestador de contas quanto às diligências decorrentes do exame preliminar. Posteriormente, ao analisar os argumentos do prestador de contas, a unidade técnica emite o parecer conclusivo do exame da conta que irá subsidiar o relator para o julgamento em Plenário.
Caso haja desaprovação das contas dos candidatos, o tribunal encaminha cópia do processo ao Ministério Público Eleitoral para verificação da ocorrência de possível abuso de poder econômico. Já a desaprovação das contas do partido tem como consequência a suspensão de cotas do Fundo Partidário.