Esta metodologia visa guiar o uso eficaz de uma ferramenta de fact-checking para identificar e combater a disseminação de notícias falsas em Ribeirão das Neves. Ela abrange desde a identificação de alegações suspeitas até a divulgação dos resultados da verificação.
Monitoramento Ativo:
Redes Sociais: Acompanhamento constante de plataformas como WhatsApp, Instagram, Twitter, através das demandas enviadas.
Mídia Local: Monitoramento de jornais online e impressos, rádios comunitárias e outros veículos de comunicação locais em busca de alegações que necessitam de verificação.
Denúncias da Comunidade: Estabelecimento de canais de comunicação (e-mail, formulário online, WhatsApp) para que os cidadãos de Ribeirão das Neves possam enviar alegações suspeitas para verificação.
Ferramentas de Tendências: Utilização de ferramentas online para identificar tópicos e notícias que estão ganhando popularidade na região.
O fact-checking (checagem de fatos) é um processo sistemático para verificar a veracidade de informações, especialmente em um cenário de proliferação de notícias falsas e desinformação. Embora possa haver variações na metodologia entre diferentes agências e jornalistas, os procedimentos gerais envolvem as seguintes etapas:
Seleção da alegação a ser checada:
Escolher declarações que sejam verificáveis, ou seja, que possam ser comprovadas ou refutadas com dados, documentos, registros ou fontes. Opiniões ou declarações subjetivas geralmente não são checáveis.
Priorizar alegações que sejam relevantes para o público e que tenham potencial de desinformar ou causar impacto significativo.
Observar se a declaração deixa uma impressão enganosa ou se é provável que seja amplamente divulgada e repetida.
Identificação e busca por fontes:
Ir à fonte original: O primeiro passo é buscar a fonte primária da informação. De onde a alegação se originou? Quem a disse ou publicou?
Coletar dados: Reunir todos os dados, documentos, estatísticas, relatórios, estudos acadêmicos, processos judiciais, declarações oficiais ou quaisquer outros materiais que possam corroborar ou refutar a alegação.
Consultar especialistas: Em casos de temas complexos ou técnicos, buscar a opinião de especialistas reconhecidos e imparciais na área.
Análise e confrontação dos fatos:
Cruzamento de informações: Comparar a alegação com as informações obtidas de diversas fontes confiáveis e independentes.
Verificação de contexto: Entender o contexto em que a alegação foi feita. Muitas vezes, uma informação pode ser verdadeira em um contexto, mas falsa ou enganosa em outro.
Análise de imagens e vídeos: Para conteúdos visuais, usar ferramentas de busca reversa de imagem para identificar a origem e verificar se não foram manipulados ou usados fora de contexto. Para vídeos, analisar trechos e buscar a fonte original.
Atenção a vieses: Estar ciente de possíveis vieses ideológicos, políticos ou econômicos das fontes, incluindo a própria agência de checagem.
Classificação da alegação:
Após a análise, a alegação é classificada de acordo com sua veracidade. As classificações podem variar entre as agências, mas geralmente incluem termos como:
Verdadeiro/Fato: A alegação é totalmente comprovada.
Falso/Fake: A alegação é totalmente refutada.
Impreciso/Distorcido: A alegação contém elementos verdadeiros, mas é apresentada de forma errada ou enganosa.
Exagerado/Insustentável: A alegação é uma hipérbole ou não pode ser totalmente comprovada pelas evidências.
Não é bem assim: A alegação tem um fundo de verdade, mas é mais complexa do que o que foi afirmado.
Contraditório: A alegação se contradiz ou entra em conflito com outras informações.
Publicação do resultado da checagem:
Apresentar o resultado da checagem de forma clara e objetiva.
Explicar a metodologia utilizada, as fontes consultadas e como se chegou à conclusão.
Fornecer links e referências para as fontes originais, permitindo que o leitor verifique por si mesmo as informações.
Em muitos casos, as agências de checagem também publicam um artigo detalhado refutando a alegação original.
Transparência e correção:
Agências de fact-checking devem ser transparentes sobre seus processos e, se necessário, estarem abertas a correções caso novos dados surjam ou algum erro seja identificado na checagem.
Ferramentas e recursos úteis:
Buscadores: Google, Google Scholar (para artigos acadêmicos e processos judiciais), Google Imagens (para busca reversa).
Ferramentas de verificação de mídia: InVid (para vídeos), Duplichecker (para imagens), Wayback Machine ou Archive.today (para arquivar páginas da web).
Bancos de dados e estatísticas: Sites de órgãos governamentais, institutos de pesquisa, organizações internacionais.
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