A Secretaria Municipal de Educação de Ribeirão das Neves está com inscrições abertas,até o dia 17 de maio, para o "Projovem Urbano", projeto direcionado aos jovens com idade entre 18 e 29 anos, que não concluíram o ensino fundamental. O ProJovem Urbano tem como finalidade primeira proporcionar formação integral aos jovens, por meio de uma efetiva associação entre Formação Básica, para elevação da escolaridade, tendo em vista a conclusão do ensino fundamental; Qualificação Profissional, com certificação de formação inicial; e Participação Cidadã, com a promoção de experiência de atuação social na comunidade.
Nessa perspectiva, o Programa tem como finalidades específicas a re-inserção dos jovens no processo de escolarização, a identificação de oportunidades potenciais de trabalho e a capacitação dos jovens para o mundo do trabalho, a participação dos jovens em ações coletivas de interesse público, a inclusão digital como instrumento de inserção produtiva e de comunicação e a ampliação do acesso dos jovens à cultura.
O Projovem é um programa do Governo Federal, ligado à Secretaria Geral da Presidência da República e Secretaria Nacional da Juventude e Coordenação do Projovem Urbano e tem como objetivo promover ações de cidadania voltadas a jovens, que por diferentes fatores, foram excluídos do processo educacional, de modo a reduzir a exposição desses jovens a situações de risco, desigualdades, discriminações e outras vulnerabilidades sociais.
O curso tem duração de 18 meses e carga horária de 2000 horas, dividida em: 1.560 presenciais (1092h Ensino Fundamental/ 390h Qualificação Profissional/ 78h Participação Cidadão/ 440h não presenciais. Como incentivo, o jovem recebe uma bolsa de R$ 100,000 (Cem Reais), durante 20 meses, mas com o condicionamento de ter 75% da freqüência. As aulas começam no dia 6 de abril.
A meta de Ribeirão das Neves é atender 800 alunos, divididos em 4 núcleos, que funcionarão nas escolas municipais Ester Nogueira Gurgel, rua Francisco Augusto Vieira, 612, Sevilha A; Liliane Marchezane Gomes, rua Santo Antônio,85, São Miguel - Justinópolis; Maria da Cruz Resende, rua Maria Adelaide, 496, Veneza e Maria Vieira Barbosa, rua Principal, 96, Santa Paula. As inscrições estão sendo feitas nas escolas onde ocorrerá o projeto.
Moradores de comunidades carentes e com altos índices de criminalidade, como a Pedreira Prado Lopes, o Taquaril, Morro das Pedras, Veneza e Vila Cemig, estão entre os autores das fotos que compõem a mostra “Reflito o Conflito”, aberta na noite dessa terça-feira (23), no Museu de Artes e Ofícios (MAO). A iniciativa é fruto da parceria do programa Mediação de Conflitos com o grupo Coletivo Agnitio e tem como finalidade provocar reflexões sobre o tema “conflito”.
Ao todo são 24 imagens afixadas em 12 totens pretos e emolduradas com vidro, produzidas durante oficinas com os moradores das áreas de alto índice de criminalidade e também do Conjunto Felicidade, Rosaneves e Jardim Metropolitano. De acordo com a coordenadora do programa, Sandra Mara de Araújo Rodrigues, além de proporcionar a capacitação técnica, os encontros viabilizaram também a troca de informações entre os participantes sobre os principais problemas locais.
“A importância do projeto está no fato de que cada comunidade pôde construir um novo olhar sobre si mesma e, a partir dele, articular fatores de proteção. Sob a perspectiva de quem vivencia diretamente os embates, as fotografias propõem a reflexão e a ação para mediar desavenças grandes ou pequenas que surgem no dia a dia”, explica Sandra.
A mostra nasceu como uma resposta às demandas trazidas pelas comunidades. O projeto teve início no ano passado com um seminário de abertura, que teve como sequência as oficinas, realizadas de novembro a fevereiro deste ano. As aulas foram ministradas pelos fotógrafos do grupo Coletivo Agnitio, formado por Henrique Teixeira e Marilene Ribeiro, tendo como convidados ainda os profissionais Daniel Gouveia e Luiza Viana.
Dois eixos
O grupo tem como foco central de suas oficinas a questão do desenvolvimento das identidades dos participantes. Graduado pela Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Henrique Teixeira relata que a metodologia utilizada se apóia em uma abordagem que articula dois eixos: o estético, que trabalha o olhar fotográfico, e o antropológico, que ressalta a inserção dos participantes em um contexto cultural.
Cerca de 65 pessoas das oito comunidades participaram do projeto. Segundo Sandra Rodrigues, foram escolhidos moradores que já tinham alguma relação com o programa Mediação de Conflitos. Em cada localidade, pode-se observar um perfil diferente das turmas, no que diz respeito ao gênero e à idade. A moradora da Pedreira Prado Lopes, Valéria Borges Ferreira, de 45 anos, foi uma das alunas da oficina. Ela considera que a grande contribuição do projeto consistiu no despertar de um espírito de comunidade e do desejo de transformação. “Fotografo a Pedreira desde que me entendo por gente. Sempre quis fazer um curso de fotografia, mas nunca tive dinheiro”, conta.
Dinâmica
Em cada localidade foram realizados, em média, oito encontros. Durante as aulas os integrantes trabalharam com a sensibilização estética, a vivência técnica e na confecção de um ensaio fotográfico autoral. Depois de discutirem sobre a arte fotográfica e os problemas das comunidades, os participantes escolheram um tema e saíram a campo para fotografá-lo. A partir dos ensaios, cada comunidade produziu cerca de 1.500 imagens. Todas foram exibidas e discutidas pelos participantes e facilitadores das oficinas, em sessões que duraram, em média, cinco horas. A publicação na internet das 50 fotografias previamente selecionadas possibilitou a escolha de quatro imagens por comunidade e que, após serem impressas, passaram a compor a mostra “Reflito o Conflito”. Todos os participantes têm a chance de mostrar seus trabalhos, no entanto, por meio de apresentação digital.
A exposição é itinerante e poderá ser vista até o dia 7 de maio em espaços culturais de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Segundo a coordenadora do programa Mediação de Conflitos, Sandra Rodrigues, foram escolhidos locais centrais, como o Museu de Artes e Ofícios e o Museu Abílio Barreto. A intenção é facilitar o acesso dos participantes e do restante dos moradores das comunidades, além de chamar a atenção da população em geral e propor a reflexão.
Bem avaliada pelos realizadores e pelos participantes, a iniciativa também será realizada no interior de Minas Gerais. Em abril, Governador Valadares sediará a próxima edição do projeto.
Serviço
Exposição fotográfica “Reflito o Conflito”
Museu de Artes e Ofícios – 23.03 a 26.03
Museu Histórico Abílio Barreto – 06.04 a 09.04
Mercado da Lagoinha – 13.04 a 16.04
Centro Cultural Alto Vera Cruz – 20.04 a 24.04
Arquivo Público Nonô Carlos (Ribeirão das Neves) – 27.04 a 30.04Salão da Igreja Nossa Senhora das Vitórias (Ribeirão das Neves) – 04.05 a 07.05
Agência Minas
O Governo de Minas começa a ampliar o alcance do Poupança Jovem em 2010 promovendo neste sábado (20), em Ribeirão das Neves, mais um Giro Jovem. Haverá a apresentação de grupos de dança e música, mobilização contra a dengue e apresentação do programa aos jovens do 1º ano do Ensino Médio. Segundo a coordenadora do Poupança Jovem, Roberta Kfuri, o objetivo do Giro Jovem é motivar os alunos que estão iniciando o Ensino Médio a também participarem do programa. “Queremos criar o interesse em trazer mais alunos”, ressaltou. O Giro Jovem vai acontecer de 8h30 às 11h30, simultaneamente, nas principais praças dos bairros Justinópolis, Veneza e Centro.
O Poupança Jovem é um programa que oferece aos jovens da rede pública estadual atividades extracurriculares, como cursos de inglês, informática e qualificação profissional. Ao final dos três anos do Ensino Médio, os adolescentes que forem assíduos e participarem de todas as atividades extracurriculares previstas no programa, são beneficiados com uma poupança no valor de R$ 3 mil.
Segundo Roberta Kfuri, a realização das atividades em Ribeirão das Neves será o início do programa para 2010. “O objetivo principal é motivar os alunos, trabalhar estes jovens, dando a eles uma amostra do que vai acontecer no decorrer do ano de 2010. Será um ‘start’ das ações. A partir de gincanas culturais e atividades desportivas, passaremos um pouco do gostinho do que será o programa”, afirmou.
Sobre a mobilização contra a dengue, a coordenadora explicou que as atividades serão uma ótima oportunidade para ampliar as ações de combate à doença, já que, no local, haverá uma grande concentração de alunos e professores. ”Vamos aproveitar a ação para fazer um gancho e falar sobre a dengue. Todas as cidades em que vamos, sempre aproveitamos para falar sobre algum problema agravante. Em Ribeirão das Neves, a situação da dengue é um pouco preocupante. Por isso, a cidade tem que se unir para acabar com esta situação”, sustenta.
Agência Minas
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