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água

  • MPMG expede recomendação para que seja intensificada a fiscalização da APA Vargem das Flores durante o carnaval


    Reservatório é responsável por abastecer Ribeirão das Neves

    O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Betim, expediu hoje, 31 de janeiro, Recomendação para a intensificação da fiscalização, com o objetivo de preservar a Área de Proteção Ambiental (APA) Vargem das Flores durante as festividades do carnaval.

    O documento recomenda: ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), que execute diretamente ações de proteção da APA Vargem das Flores durante as festividades do carnaval e apoie as atividades de fiscalização realizadas pelos municípios de Betim, Contagem, Copasa e demais órgãos de proteção ambiental; ao município de Betim, que não autorize a realização de eventos de qualquer natureza nas margens do reservatório Vargem das Flores (festas, passagens de “trios elétricos” ou blocos de carnaval), bem como execute o controle de acesso ao local, mediante o estabelecimento de rotina de fiscalização pelos agentes ambientais e solicitação de apoio à Defesa Civil e Guarda Municipal; à Polícia Militar de Meio Ambiente que realize fiscalização intensa da lagoa Várzea das Flores durante as festividades do carnaval, coibindo a ocorrência de aglomerações, invasões à orla e ao espelho d’água, a prática de esportes náuticos, bem como outras atividades potencialmente lesivas ao meio ambiente.

    No dia 26 de janeiro, as promotoras de Justiça de Betim, Carolina Mendonça de Siqueira, e de Contagem, Aimara Leite Cabaleiro, reuniram-se com representantes dos dois municípios, órgãos ambientais, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e Copasa para discutir questões relacionadas à aglomeração de pessoas e ao acesso ao espelho d’água do reservatório Várzea das Flores. Na ocasião, ambos os municípios entenderam que a Recomendação do MPMG seria fundamental para embasar as ações de fiscalização durante o carnaval.

    Segundo Carolina Siqueira, o reservatório merece especial atenção, uma vez que é responsável pelo abastecimento de parte das cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Esmeraldas, Ibirité, Lagoa Santa, Mocambeiro/Matozinhos, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano. A promotora de Justiça destaca que o uso da lagoa e sua área de preservação para atividades recreativas pode acarretar sérios danos ambientais, com produção de lixo, efluentes líquidos e resíduos sólidos, fogo, supressão de vegetação e contaminação das águas do reservatório.

    As informações são do MPMG.

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  • Ribeirão das Neves está no ranking das piores cidades em fornecimento de água


    A ausência total de fornecimento aflige quase 10% dos moradores da região metropolitana da capital, em um cenário que chama a atenção ainda pelo elevadíssimo índice de desperdício do serviço.
    Dados nacionais mostram que quase 10% dos moradores da região mais populosa de MG não recebem água, enquanto mais de 43% do que é captado escorre sem proveito.

    O Estado de Minas cruzou os dados referentes a desabastecimento e desperdício do SNIS, que tem sua base de referência no ano de 2021, o município de Sabará desponta na Grande BH como o de pior situação, na soma de baixo atendimento e perda elevada. Por esse critério, a cidade é seguida por Santa Luzia, Esmeraldas, Ribeirão das Neves e Vespasiano, fechando as cinco de pior situação.
    Garantir o abastecimento de água tratada na Grande BH ainda é um desafio para a Copasa e para as prefeituras que mantêm serviço autônomo. Com base no Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS), de cada 100 habitantes da área mais populosa de Minas Gerais, praticamente 10 não recebem fornecimento de água potável, o equivalente a 9,3% de uma população de mais de 5 milhões de pessoas nos 34 municípios da Região Metropolitana.
    A situação é ainda mais grave quando se mede o desperdício, que chega a 43,7%, em média, da água captada na região metropolitana, mesmo volume de Belo Horizonte, ambos acima da média nacional, de 40,3%.

    Os índices de pessoas que não recebem água encanada fornecida regularmente pelos serviços públicos em Santa Luzia, e Esmeraldas Ribeirão das Neves são parecidos com os de Sabará (21,41%), com falta de alcance do abastecimento chegando a 23,53%, 28,67% e 18,58% da população não atendida por água potável encanada, respectivamente. Contudo, os três municípios sob concessão da Copasa têm população significativa, o que transforma o quantitativo de não atendidos em um montante expressivo, com 52.022 pessoas desassistidas em Santa Luzia, 19.390 em Esmeraldas e 62.971 em Ribeirão das Neves.
    Município vizinho de Neves, Esmeraldas está em situação tão ruim que parte de seus bairros à beira da BR-040 precisam ser abastecidos com caminhões-pipa que fazem a captação da água justamente em pontos da cidade próxima. Um deles fica no Bairro Cidade Neviana, na Praça Neviana, onde quatro caminhões se utilizam do hidrante instalado para levar água para várias comunidades às margens da rodovia, nos bairros de Esmeraldas, como Quinta São José, Vivendas Barbosa, Parque Sabiá e Novo Ceasa e até mesmo na própria cidade de Neves, como Vale da Prata, Metropolitano e Veneza.


    Mesmo quem tem ligações de água e recebe o abastecimento pelo qual pagou ainda sofre com paralisação de fornecimento. Em 2021, ano do mais recente estudo do Sistema Nacional de Informações de Saneamento, a Grande BH teve 448 paralisações de fornecimento, o que representaria 1,2 por dia naquele período. A duração das paralisações somadas chega a 5.023 dias, ou média de 11,2 dias sem água, somando cada interrupção de fornecimento.


    Belo Horizonte registrou 0,6 paralisações por dia ou 1,2 a cada dois dias, sendo que a média é de 11,3 dias de duração para cada interrupção. Sabará registrou apenas seis interrupções no sistema e 69 dias de duração. Santa Luzia aparece com 20 interrupções e 227 dias e Ribeirão das Neves chegou a 25 suspensões de fornecimento por 312 dias.

    Fonte: Estado de Minas 

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