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AUTOESCOLA

  • Contran aprova resolução histórica: Fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para obter CNH


    O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou nesta segunda-feira (1º) uma resolução que revoluciona o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida central é a revogação da obrigatoriedade das aulas em Centros de Formação de Condutores (CFCs), as populares autoescolas, para a preparação aos exames teórico e prático.

    Com o objetivo de desburocratizar e baratear o processo, o governo estima que as mudanças possam gerar uma redução de até 80% nos custos, que atualmente podem alcançar R$ 5 mil para o cidadão.

    As principais mudanças na obtenção da CNH
    As alterações simplificam diversas etapas do processo:

    1. Início do processo simplificado e digital
    O candidato poderá dar início ao processo de habilitação diretamente por canais digitais:

    Pelo site do Ministério dos Transportes;

    Pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).

    Atenção: Etapas essenciais como a coleta biométrica e o exame médico continuam sendo realizadas presencialmente nos Detrans.

    2. Preparação teórica gratuita e flexível
    O Ministério dos Transportes será responsável por disponibilizar todo o conteúdo teórico gratuitamente em uma plataforma digital.

    O estudo passa a ser facultativo, podendo o candidato optar pelo material online oficial ou, se preferir, frequentar aulas presenciais em autoescolas ou instituições credenciadas.

    3. Flexibilização das aulas práticas
    A maior transformação ocorre na etapa de direção veicular:

    A carga horária mínima de aulas práticas cai de 20 para apenas 2 horas-aula.

    O candidato ganha liberdade para escolher a modalidade de preparação, incluindo:

    Autoescolas tradicionais.

    Instrutores autônomos credenciados.

    Preparações personalizadas.

    Será permitido o uso do próprio veículo para treinamento, mediante autorização e regulamentação específica.

    Os instrutores autônomos atuarão sob a fiscalização dos Detrans e serão identificados por meio da CDT.

    4. Manutenção da rigidez nos exames
    Independentemente do método de preparação escolhido, a segurança do processo será mantida pela obrigatoriedade das provas teórica e prática. Os exames seguirão exigidos para a emissão da CNH, alinhando-se a padrões internacionais adotados em países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

    5. Facilitação para Motoristas Profissionais
    O novo texto também visa simplificar a obtenção e a mudança para as categorias profissionais:

    C (caminhões e veículos de carga);

    D (ônibus e vans);

    E (veículos articulados e carretas).

    O objetivo é claro: agilizar a formação e reduzir custos, o que deve resultar na ampliação da oferta de motoristas profissionais no mercado de trabalho brasileiro.


    A medida é motivada por dados alarmantes. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) aponta que 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação e outros 30 milhões em idade apta não conseguem tirar a CNH por motivos financeiros.

    O governo justifica a flexibilização como uma forma de:

    Reduzir as barreiras econômicas de acesso.

    Facilitar a entrada no mercado de trabalho para milhões de cidadãos.

    Estimular a formalização dos condutores.

    A resolução entrará em vigor após sua publicação oficial, prometendo injetar maior flexibilidade e acessibilidade no sistema de trânsito nacional.

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