Após a prisão, suspeito alegou que a relação foi consensual e que houve um 'flerte mútuo'
Um condutor de moto por aplicativo, de 32 anos, foi preso após uma jovem, de 18, denunciar ter sofrido um estupro por parte dele depois de uma corrida no bairro Belo Vale, em Ribeirão das Neves, na madrugada desta sexta-feira (18/7).
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a vítima relatou que durante o trajeto de aproximadamente três minutos, o homem afirmou que já havia realizado outras corridas para ela e que a 'achava bonita'. Ao chegarem no destino, a jovem optou por efetuar o pagamento via PIX.
O condutor desembarcou, forneceu a chave para pagamento e o valor foi transferido para a conta dele. Entretanto, a vítima relatou que após o pagamento, o suspeito a segurou pelo braço e, ao tentar se desvencilhar, foi ameaçada de que ele estaria armado, fazendo com que ela perdesse a capacidade de reação.
A PMMG apontou que o condutor apalpou os seios da jovem, introduziu a mão por dentro da calça e passou a tocar suas partes íntimas. Dessa forma, ele virou então virou a vítima de costas, pressionou seu rosto contra um muro, abaixou sua calça e realizou penetração vaginal sem o consentimento dela.
Estado de choque
A jovem afirmou aos militares que, durante o ato forçado, conseguiu se desvencilhar e correu para sua casa, onde entrou em estado de choque. Por medo de assustar seus avós, ela não comunicou imediatamente o ocorrido a familiares e realizou contato com a PMMG pelo 190. Por volta das 10h30, as autoridades policiais contataram a vítima e, com base nas informações repassadas por ela, se dirigiram ao endereço da placa da motocicleta.
Suspeito alega relação consensual
De acordo com a corporação, os militares encontraram o homem no local indicado, que confirmou ter realizado a corrida e alegou haver ocorrido um 'flerte mútuo', afirmando que a relação foi consensual e que houve interesse de ambas as partes. O argumento não convenceu os policiais e ele foi preso sem haver resistência.
A jovem foi encaminhada para atendimento médico no Hospital Odilon Behrens, em Belo Horizonte onde foi submetida a exames complementares indicados para casos de violência sexual. Já o condutor permaneceu em custódia até a finalização do registro policial. Ele e a vítima foram encaminhados à 10ª Delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para as providências necessárias.