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Desenvolvimento local x políticas públicas

O município de Ribeirão das Neves vem passando por uma transformação nos últimos anos, que podem ser medidas com um simples olhar.

Toda esta transformação vem acontecendo em diversas áreas e reflete resultados positivos, tais como na economia local, dos números de empregos, a expansão de Renda, e dá também uma grande contribuição para a redução da miséria, entre outras.

Tudo isto a princípio, sugere que o município esta no caminho efetivo do crescimento, e que as políticas utilizadas até então, são assertivas e que nos conduzirá para um futuro extremamente promissor.

Há, porém, um grande equívoco se pensarmos assim. Esta transformação vista por aqui, é apenas reflexo do que esta acontecendo em todo o Brasil. Nos quatro cantos do país, todos estão com esta mesma sensação.

Esta transformação vista em Ribeirão das Neves vem ocorrendo por iniciativa solitária do setor privado, que através de estudos de viabilidade e levantamentos estatísticos, se viram informados do grande potencial polo consumidor que é o município, que agrega uma população acima de 300 mil habitantes, com “Mão-de-obras” abundante e barata, devido à baixa escolaridade e falta de qualificação profissional da grande maioria dos munícipes, e uma posição geográfica muito interessante. Outro grande e relevante fator levantado pelo setor privado é a indisposição do consumidor em se deslocar para efetivar suas compras em outras localidades, devido a grande dificuldade de deslocamento, proporcionado pelo constante congestionamento no transito, (sobre tudo, local) e baixa qualidade dos serviços de transportes coletivos oferecidos. Este mesmo fator emprega-se ao trabalhador, que quer evitar de todas as formas o ir e vir para outras localidades para prestar seus serviços, devido a grande morosidade deste processo.

Enfim; um ambiente extremamente favorável e promissor para os investidores.

Todo este cenário que estamos presenciando, poderia estar muito mais evidente, se houvesse um plano de governo, capaz de acompanhar,  assessorar e contribuir para esta transformação. Faltou foco para esta oportunidade impar, e apesar do que já podemos ver, ser impactante e de grande relevância, asseguro com certeza que o dobro de investidores evadiram para outras localidades, por não encontrarem dentro dos setores pertinentes, um ambiente favorável, que  pudessem conduzi-los para a  viabilização do investimento.

Faltou um trabalho intersetorial por parte do poder público, para um levantamento dos “facilitadores e dificultadores” e através deste, elaborar um planejamento estratégico para receber e conduzir os investidores, utilizando as ferramentas existentes, como as de incentivos fiscais, de maneira mais efetiva, e direcionando as medidas compensatórias e de contra-partida, em favor da população.

Toda esta transformação que presenciamos, se deu, sem que houvesse nenhuma preocupação em conhecer a missão de cada empresa aqui instalada, saber qual o tipo e necessidade de mão de obras, para então oferecer qualificação profissional e preparar o trabalhador de Ribeirão das Neves para as oportunidades. Esta desatenção, implicou em fazer com que algumas empresas precisassem importar mão de obras, apesar do grande número de desempregados em nosso próprio local.

Enfim; o grande desafio do investidor evadido, iniciou-se exatamente onde ele esperava todo o tipo de respaldo, que é o setor público, que se viu despreparado para esta transformação, com ações centralizadoras, excesso de exigências, e oferecendo pouca ou nenhuma alternativa para reter um número significativo de empreendimentos, que contribuiriam  sobremaneira com o desenvolvimento local, mas que se viram desestimulados e partiram.

Os que conseguiram se estabelecer a gente vê, os que partiram não é do conhecimento do cidadão.

De positivo, é que o nosso futuro continua promissor. Por estar situado em posição geográfica de raro privilégio, e pela estagnação de espaços disponíveis nos municípios circunvizinhos, e pelo já dito acima, Ribeirão das Neves continuará sendo foco dos investidores. O elevado número de eleitores também chama a atenção de políticos de “além fronteiras” que não perderão oportunidades de participarem de projetos para o município.

Resta agora ao setor público, se alertar para esta realidade, e se preparar para ela.

 

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