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Polícia Federal prende servidores e advogados suspeitos de esquema de corrupção em presídios na RMBH

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (8), vários suspeitos de participação em um esquema de corrupção para beneficiar presos por meio do pagamento de propina a servidores públicos e advogados. Entre as vantagens que eram oferecidas aos detentos, estão a permissão para mudar de alas ou pavilhões com regime mais brando e o acesso a objetos ilícitos que chegavam às unidades por meio dos envolvidos na fraude.

Ao todo, estão sendo cumpridos pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), sob coordenação pela Polícia Federal, 29 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que se instalou em unidades prisionais de Minas Gerais. A operação ocorre em Ribeirão das Neves e mais 14 cidades do estado.

Os alvos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e concussão. As penas podem chegar a 20 anos de reclusão.

Esquema

De acordo com as investigações integradas entre as polícias Civil e Penal de Minas Gerais e o Departamento Penal Federal, presos de alta periculosidade eram transferidos indevidamente de unidades após pagamento, que era dividido entre os líderes da organização criminosa.

Com o pagamento da propina, segundo a investigação, os detentos eram colocados em alas ou pavilhões com benefícios, como trabalho, a que não teriam direito pelas normas da execução penal. Os servidores públicos e advogados atuavam na negociação para a entrada de objetos ilícitos.

A organização criminosa atuava há 1 ano e meio e, segundo o delegado da Polícia Federal, Alexsander Castro, só um servidor lucrou cerca de R$ 2 milhões neste período.

Os investigadores conseguiram identificar crimes praticados pela organização criminosa, principalmente em duas unidades prisionais na Região Metropolitana de Belo Horizonte - o Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, e a Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves.

 

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