Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela revelada nessa terça-feira (22) pela força-tarefa a Operação Lava Jato. Um político de Ribeirão das Neves, descrito apenas como "Candidato Neves", em Neves/MG, teria recebido "250,00" em 2014.
De acordo com o blogueiro Fernado Rodrigues, do UOL, embora as planilhas sejam riquíssimas em detalhes, os nomes dos políticos e os valores relacionados não devem ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam, além do misterioso político nevense, nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
Vale lembrar que em 2014 foi ano de eleições gerais, ou seja, para eleger presidente de república, governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Em nota à imprensa, a Odebrecht afirmou que "a empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários".