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Haiti: Terremoto Geológico ou Social?

Quando Cristovão Colombo descobriu o Haiti, em 1492, talvez não imaginasse no terremoto social que provocaria a partir daquela data na ilha que um dia comparou com os Jardins do Éden. A ilha foi colonizada por espanhóis, depois os franceses tomaram-na da Espanha, mas o país nunca conseguiu em sua longa história consolidar os idéias iluministas da Revolução Francesa, nem tampouco como um Estado de fato, com ênfase nos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

A população Haitiana indígena foi dizimada no processo de colonização, escravos desembarcaram no país com sua mão de obra barata e consigo as cerimônias tribais africanas, e se tornou a maioria dos habitantes da ilha. Os solos haitianos que, um dia produziram mais cana de açúcar que o Brasil se tornaram inférteis e os processos políticos e econômicos conturbados, principalmente no período que a Família Duvalier (Pai e Filho), deixaram um atraso de cerca de 100 anos, segundo especialistas, transformaram o país num dos mais pobres do mundo.

Neste momento que o foco da mídia se volta para a ilha, às vezes com certo sensacionalismo, devido à catástrofe geológica uma série de questionamentos vem em nossa mente: Porque a população mundial nunca contribui com o progresso do Haiti ou nunca houveram guerras pelas terras haitianas, como muito se luta pelas terras do Oriente Médio?

Ora no Haiti não há vestígios de petróleo, nem diamante, seus solos são inférteis (como já citado). O país sequer produz talentos esportivos e geograficamente está localizada entre a Venezuela, Cuba e EUA. Enfim, o terremoto geológico que levou brasileiros de grande influência e importância incomparável foi uma tragédia terrível, mas o terremoto social ocorre há bem mais tempo, desde quando Colombo e os espanhóis chegaram para trazer o progresso e tirar dos índios a vida indolente, introduzindo nesta civilização “atrasada” as raízes européias de “mundo civilizado”.

A reconstrução do país pode durar mais 50 ou 500 anos, vai depender do engajamento das forças políticas mundiais como o caso dos países mais ricos que já deveriam ter tomado providências para ajudar, não só o Haiti, mas os países pobres espalhados pelo mundo a fora, principalmente no Hemisfério Norte, que foram os mais afetados com os problemas da colonização.

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