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O preço da conivência

Estava pesquisando o que realmente poderia ter levado nosso país à situação em que se encontra. Na minha visão, com certeza os fatores preponderantes são "os políticos e as politicagens".

Durante anos, decisões catastróficas vêm sendo tomada de formas desvencilhadas, e a cada ano, pessoas vem se enriquecendo de forma incomum, enquanto assistimos o empobrecimento do país.

Fizeram-nos mais pobres em todas as esferas: educação, saúde, cultura, lazer, segurança, transporte etc., mas a nossa maior pobreza, acredito, ainda está na conscientização política. Ainda não aprendemos a votar pelo bem coletivo, a grande maioria ainda vota por interesses pessoais, por afinidade ou proximidade com os candidatos, quando na verdade deveríamos analisar as propostas e a coerência destas com a realidade local, e finalmente verificar se estes pretendentes têm realmente capacidade e competência em torna-las realizadas.

Atribuem à Dilma, Lula e a cúpula do Partido dos Trabalhadores como únicos responsáveis por toda esta debandada de desvio de condutas. Sim, são realmente os principais, mas não podemos esquecer que o Congresso Nacional, o Senado, o Ministério Público são órgãos fiscalizadores, e que estiveram omissos e coniventes diante de todo o contexto. O agora presidente da República, Michael Temer, compartilhou e foi aliado deste governo, desde o princípio, é também tão culpado quanto. Agiram até então por conveniência, de acordo com interesses. Acredito até, que o impedimento da presidente Dilma só se concretizou, devido à grande pressão exercida pelo povo e principalmente pela imprensa, e muito mais ainda por ter sido votação em aberto, e estarmos em ano eleitoral. Para mim, todos estes atores são corresponsáveis por toda a corrupção que se noticiou.

De acordo com levantamentos da pesquisa, "os brasileiros enfrentam uma crise econômica e o governo um rombo de R$ 90 bilhões no orçamento do ano que vem. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados em Brasília gastou em média em cada sessão noturna do plenário, R$ 1 milhão só em horas extras de servidores.

Dos 4.667 servidores que trabalham na casa, contando os que são concursados e os de cargos especiais, em média, 2,6 mil batem o ponto para ganhar horas extras. Porém, segundo o estudo realizado pela secretária da Casa, só 500 trabalharam até o fim da sessão.

Cada funcionário recebe em uma sessão noturna R$ 400 de hora extra. Se ele trabalhar mais de duas horas extras, ele tem direito a folga depois, devido ao banco de horas. Cada sessão, portanto, custou para a Câmara mais de R$ 1 milhão só no pagamento de horas extras.

Levando-se em conta estes valores divulgados pela Câmara, somente com horas extras pagas aos servidores, as horas seguidas de sessões que decidiram o impeachment de Dilma Rousseff, custarão mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos. Se contados outros gastos e adicionais aos deputados, os custos passarão de R$ 50 milhões".

Não podemos fechar os olhos e assistir estes indivíduos que estão inseridos nestes órgãos e entidades, repassarem responsabilidades, como se não tivessem nada a ver com tudo isto.

A responsabilidade do ato, é realmente de quem o cometeu, mas isto não exime quem é muito bem remunerado para fiscalizar, de coibir, proibir se necessário, e até punir como o fizeram. Mas não com interesses políticos, como ficou evidenciado, mas em nome e em favor do sofrido povo brasileiro.

Agora estamos diante de outro governo, que decididamente não representa a vontade do povo. Resta-nos então ficar de olho, não só no governo Temer, mas principalmente na conivência do congresso e demais órgãos que tem a obrigação de acompanhar e fiscalizar os atos do governo, mas de forma preventiva, não punitiva como o fizeram, "depois que a vaca já tinha morrido atolada".

 

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